domingo, 30 de março de 2008

Síntese do filme "O Sorriso de Monalisa"



O filme em questão tem como título original "Mona Lisa smile", tem como protogonista a atriz Julia Roberts... "Elas tinham tudo. Ela lhes mostrou muito mais."


O enredo tem como marco inicial o ano de 1953 em uma instituição de ensino conservadora e tradicional. Portanto, cheia de regras a cumprir.

Trata-se de um estabelecimento exclusivo para moças, presumidamente de tendência católica, cujas alunas deviam dedicar-se ao estudo, isto é, a aquisição de conhecimento para as alunas, se devia à postura imposta pelo “corpo diretor” da instituição que sempre avaliava com rigor a conduta não somente das alunas, mas do seu corpo docente.

As matérias deviam ser pré-estudadas pelas alunas que seguiam à risca o programa elaborado e livros indicados. Assim, ditavam em sala de aula aquilo que antecipadamente já tinham estudado.

Para ilustrar tal situação, comprovando a tradição, ritual e o método usado no estabelecimento, a professora de História da Arte, Katherine Watson, ao ministrar a sua primeira aula, se surpreende e também se decepciona com a turma, pelo grande preparo (decoreba), visto que todas já sabiam o conteúdo de todos os slides apresentados por ela à turma. Assim, ao mostrar o último slide da série, as alunas “se dispensam” da aula e a deixa perplexa.

Katherine Watson, logo foi sabatinada pela direção da instituição, sobre o seu conhecimento da matéria a qual foi contratada para lecionar. Foi criticada, porém, manteve-se firme em seu propósito de lecionar a referida matéria.

Na segunda aula, Katherine Watson, mostra-se perante a turma com certa rigidez e desta vez não se deixou ser surpreendida. Ao contrário, deixa toda a turma atônita, pois não apresentou o dito conteúdo decorado pelas alunas. A novidade, o primeiro slide apresentado não constava no livro adotado pelo estabelecimento, cuja atitude acendeu em algumas alunas certo desespero e asco pela imagem destacada (de uma carcaça de animal). Surpresa para todas e ira para a aluna Elizabeth, que criticou duramente a atitude da professora, porém sem sucesso. Desta vez a professora exibiu todos os seus slides sem permitir interpelações, discussões, argumentações. Exigiu, sim, que as todas as alunas fizessem a sua parte em relação à tarefa de análise dos slides, saindo da sala em seguida, sem dar chance às mesmas de dizerem qualquer coisa a respeito de sua aula.

A postura de Katherine abalou a conduta e a base tradicionalíssima da escola, não acostumada com o modelo “moderno” ou “progressista”. Recebeu crítica pelo método heterodoxo que aplicava. Por isso, acabou sendo “proibida” de ensinar história da arte, usando método moderno às alunas, razão pela qual foi convidada a se retirar da escola. Embora ao final do enredo ela seja novamente integrada ao corpo docente do estabelecimento.

Enfim, a tradição exercia uma grande força na sociedade vigente. Exemplificando, as moças deviam se casar cedo, constituir e administrar um lar, ter filhos e submissão absoluta aos maridos. Apresentado tal detalhe no filme com o casamento de Elizabeth no período letivo. Esta viveu uma união infeliz. No entanto, sempre observava a maneira de ser da professora Katherine, que acabou sendo, de certa forma, um modelo para a sua vida no final do enredo, mudando a sua forma de agir e pensar. Separando-se do marido, rompendo a tradição da época, passando a viver a sua vida como mulher independente e profissional.






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